terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Restauração da gruta da Anunciação

A gruta da Anunciação em Nazaré está, neste momento, no centro das atenções em relação aos lugares santos. A sua restauração está em andamento, com descobertas de pinturas e grafites surpreendentes.

Em Nazaré, está presente o grupo da Universidade de Florença, dirigido pelo Prof. Piergiorgio Malesani e pelo Prof. Piero Baglioni, auxiliados pelo Dr. Rodorico Giorgio.

A rocha da Gruta há muitos anos mostrava um evidente estado de progressivo degrado do material lapidoso. Esta grave deterioração foi provocada, sobretudo, pelas restaurações dos anos 70, quando foi utilizado polímero, uma substância plástica que comprometeu a matriz originária da pedra. Este processo foi acelerado pelo fluxo contínuo de peregrinos, como é possível ver por meio da monitoração da umidade e da temperatura.

Durante o trabalho, ocasionalmente são descobertos elementos novos, como resquícios de pinturas sobre as paredes e grafites deixados pelos peregrinos, como simples cruzes ou letras gregas, ou também decorações florais que voltaram à luz, que já tinham sido documentadas e que será possível rever.

Para o frei Eugenio Alliata, cada descobrimento é particularmente bem-vindo, pois testemunha a devoção milenária de que foi objeto a Casa de Maria, local da Anunciação angélica e da Encarnação do Verbo. Cada elemento encontrado, grande ou pequeno que seja, depois de ter sido cuidadosamente documentado e estudado no seu contexto será, no final, apresentado ao público.

As intervenções que serão feitas por Salvatore Napoli, que está usando uma tecnologia muito sofisticada, são de remoção de todo o material polimérico que foi usado pela precedente restauração de modo inoportuno.
   
http://www.abiblia.org/newsView.asp?id=99

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Vamos até Belém...

"Os pastores diziam entre eles: Vamos até Belém, vejamos este acontecimento que o Senhor nos fez conhecer” (Lc 2,15)

Caros irmãos e irmãs,

Ainda é Natal! Há dois mil anos um anjo apareceu para anunciar uma grande alegria aos pobres pastores de Belém. Enquanto a noite se enchia de luz, os anjos anunciavam no céu a glória de Deus e na terra a paz aos homens que crêem no amor.

A dureza da história em que vivemos tenta criar uma couraça de ferro sobre o nosso coração, procurando sufocar nossa vida. Mas como resistir à provocação para acreditar que realmente Deus entrou no mundo e que existe uma esperança também para nós? Da mesma forma que os pastores correram durante a noite em direção à gruta, assim também nós, apesar de tudo, nos tornamos perseguidores da alegria. Nos falta, talvez, a rude simplicidade dos pastores, embora a ânsia do coração e a necessidade de luz sejam as mesmas. Também a nós foi anunciado o evento que muda a história. Também nós devemos ir até Belém para encontrar respostas para os problemas que obscurecem nossa alma.

Os tormentos que hoje angustiam mais brutalmente a sociedade são de ordem econômica. De repente fomos atingidos por um vento de insegurança que abala os fundamentos de toda ilusão de auto-suficiência. A sociedade materialista descobre com desânimo as suas fragilidades mais profundas. Ser pobre ou poder tornar-se pobre, apresenta-se, a todos nós, como uma possibilidade real. Mas isto é somente o sinal exterior de uma pobreza mais profunda, que aflige a alma. Assim, também nós nos descobrimos pastores da noite.
Para os frades franciscanos que vivem na Terra Santa, a peregrinação a Belém, na noite de Natal, é uma tradição caríssima e preciosa. Mas este ano, mais do que nunca, estamos certos de não sermos os únicos a procurar o Menino. Estarão conosco muitos peregrinos, que junto aos cristãos de Belém e da Terra Santa se unirão às nossas liturgias. Para todos ressoa a voz dos pastores que nos convidam: “Vamos até Belém!” Tenho certeza de que uma multidão infinita de peregrinos invisíveis, nos misteriosos caminhos do espírito, se colocará a caminho conosco buscando encontrar a alegria. Juntos encontraremos aquele Menino indefeso que, no frio da gruta, não tem medo de ser pobre, pois nos apresenta o amor de Deus.

Do Natal, próprio desta Terra Santa, sofrida e dilacerada, ressoa a mensagem que pode renovar o mundo. Venham todos à Belém com o coração simples, e o encontro com o Menino Jesus apagará todo medo. Há ainda esperança para todos!

De Belém, votos fraternos de um Santo Natal!

Frei Pierbattista Pizzaballa ofmCustódio da Terra Santa

Tradução: Frei Diego Atalino de Melo
http://www.custodia.org/spip.php?article4371

sábado, 13 de dezembro de 2008

Nascentes do Lago do Tiberíades têm menor nível de água da história

Segundo dados comunicados por Water Authority’s Hydrological Service, na semana passada o fluxo de água que surge das maiores nascentes que alimentam o rio Jordão e o lago de Tiberíades diminuiu aos mais baixos níveis já registrados na história.

Os dados se referem aos dados do mês passado. O fluxo de água é o mais baixo desde 2001 e entre os mais baixos desde o início das medições efetuadas a partir de 1948. A falta de chuvas e a consequente redução da água dos afluentes do rio Jordão são, provavelmente, a causa da redução do nível de água.
As cifras mostram que a água das nascentes está escassa (com o tempo a força do fluxo de água foi reduzida pela metade); no momento se registram 3,12 metros cúbicos de água por segundo, o mais baixo índice já registrado antes, embora trate-se de uma das nascentes mais abundantes de Israel.
Nas nascentes de Banias o fluxo é de 0,32 metros cúbicos de água por segundo, um dado que diminiurá ainda mais nos dias vindouros dedivo à falta de chuvas. O fluxo de água proveniente do lado norte do lago se reduziu a menos da metade em relação ao ano passado.

Nas últimas semanas, a sociedade Mekorot limitou o fornecimento de água retirada do lago, com o objetivo de impedir uma maior redução do nível hídrico. Fazendo uma simples comparação, já é possível perceber o problema que se está enfrentando, pois no ínicio de dezembro do ano passado o nível estava começando a subir, enquanto que em dezembro deste ano se assiste um declínio contínuo. Desde dezembro de 2007 até hoje percebeu-se um declínio de 1,40 metros no nível de água.

Para enfrentar a crise hídrica, a Sociedade para a proteção da natureza israeliana pediu ao governo intervenções imediatas que garatam a conservação de água em todas as áreas, inclusive no setor privado.
Desse modo, a organização ambiental tem o objetivo de economizar anualmente 20 % de água, ou seja, cerca de 100 e 150 milhões de metros cúbicos, cifras análogas à quantidade de água dessalinizada hoje em Israel.

Tradução: Frei Diego Atalino de Melo
http://www.custodia.org/spip.php?article4519

domingo, 7 de dezembro de 2008

Abertura do Advento em Belém

Usando a luz que permanece acesa no presépio da gruta da Natividade, Frei Pierbattista Pizzaballa inaugurou o ciclo de natal em Belém, acendendo com o fogo a primeira vela da coroa do Advento.
A festa começou com a entrada solene do Custódio da Terra Santa na cidade da Natividade. Uma grande procissão partiu de São Salvador até a manjedoura de Belém. Lá se encontravam vários fiéis, frades, o pároco Frei Samuel Fahim acompanhado do Ministro do Turismo, Khouloud Doubaibes; o Governador Salah AL Tamari e o prefeito de Belém, Victor Batarseh.
Foi um dia bem celebrado e, embora o momento litúrgico seja de espera, a alegria daquele que há de vir já foi contagiante. Era possível ver sobre nos rostos dos participantes a alegria e o sorriso radiante. Sob a igreja paroquial o Custódio paramentou-se com a cor roxa, própria para a recitação das primeiras vésperas do Advento.
Atualmente, fica sob a responsabilidade da prefeitura a decoração natalina da cidade de Belém, bem como a acolhida dos peregrinos e turistas que são esperados em grande número durante esse período. As atividades civis e religiosas se multiplicam, na espera de poder celebrar o nascimento do Senhor na mesma cidade em que, há mais de dois mil anos, Ele veio à luz.
Antes de deixar a Belém, Frei Pierbattista Pizzaballa, Custódio da Terra Santa, celebrou a missa do primeiro domingo do Advento juntamente com toda a comunidade paroquial.

Desse modo, a primeira vela do advento foi acesa, e brilha continuamente para recordar-nos que aqui surgiu a luz que brilha nas trevas. 

Tradução e adaptação: Frei Diego Atalino de Melo
http://www.custodia.org/spip.php?article4361