quarta-feira, 13 de julho de 2011

Emaús, Jaffa e Tel Aviv

Fomos em direção de Emaús (Abu Ghosh). Queríamos celebrar a missa no local, mas a reserva não foi confirmada e assim, tivemos que nos deslocar para outro santuário. Mas valeu a pena a mudança de local, pois acabamos visitando mais um santuário, onde celebramos a missa na Igreja de Nossa Senhora da Arca da Aliança ( Kiriat Yearim). Depois, nos dirigimos a Jaffa, onde visitamos o santuário de São Pedro, sobre a memória do local da ressurreição de Tabita. A seguir, almoçamos num restaurante árabe, comendo shauwerma e algumas saladas típicas. Na parte da tarde, tivemos uma visita panorâmica da grande cidade de Tel Aviv. Tínhamos a chance de tomar banho no Mar Mediterrâneo, mas a tentativa foi frustrada, pois os ventos do deserto movimentavam as ondas, a ponto de não conseguirmos entrar na água. Então, voltamos para casa, para arrumarmos as malas para deixar a Terra Santa no dia seguinte. Ficou um gostinho de quero mais!

Cenáculo e visita à Custódia da Terra Santa

No dia de ontem, celebramos a missa no Cenacolino, a 20 metros do Cenáculo verdadeiro, onde fizemos memória do Lava-pés, Última Ceia e Pentecostes. Depois, passamos pela sala do Cenáculo, onde recordamos a vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos e sobre nós. A seguir, visitamos a Igreja da Dormição de Maria e depois, a Custódia da Terra Santa. Frei Artêmio (Vigário Custodial) nos falou das dificuldades na manutenção dos Lugares Santos, pela falta de moradia, trabalho e condições de um futuro garantido. Sublinhou que se não fosse a Coleta da Terra Santa, feita em nossas províncias e dioceses, eles não teriam como continuar este trabalho. Por outro lado, sem o apoio dos vários povos e nações, estes Lugares seriam fechados ou transformados em museus!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Três grandes religiões num único dia


Hoje, tivemos a graça de perpassar as grandes religiões monoteistas, com presença em Jerusalém. A primeira visita do dia foi no Santo Sepulcro (Cristianismo), onde celebramos a santa missa no Calvário, às 7h00 da manhã. Depois do café, passamos por dentro do quarteirão hebraico, por dentro do Cardo Máximo (Avenida central da cidade velha, do tempo do Império Romano). A seguir, visitamos o Muro das Lamentações (Judaismo), onde estavam celebrando o Bar Mitzvah de alguns adolescentes (12 a 13 anos), com muitas danças e cantarolas. Depois disso, entramos no território do Templo, onde visitamos as lindas Mesquitas de Al Aqsa e de Omar. Na parte da tarde, percorremos Via dolorosa, rezando as Estaçõe da Via Sacra. Na parte da noite, um lindo jantar num restaurante árabe (beduínos), em Belém!

domingo, 10 de julho de 2011

Deserto da Judéia e Mar Morto

Saimos bem cedo e celebramos a missa na  Betânia (Casa de Marta, Maria e Lázaro). Depois, passamos pelo Bom Samaritano e descemos o Vale Kelt, onde fotografamos o Mosteiro de São Jorge de Kosipa (Gruta de Santo Elias, São Joaquim e Sant'Ana). Depois, fotografamos a Árvore de Zaqueu em Jericó. Almoçamos em Qumram, num calor de 41 graus centígrados. Depois, terminamos a nossa peregrinação boiando no mar mais baixo do mundo, à 400 metros abaixo do nível do mar (Mar Morto). Foi um dia emocionante, onde muitos boiaram neste mar e fizeram lindas fotografias!

sábado, 9 de julho de 2011

Monte das Oliveiras e prisão de Jesus

O dia estava bastante quente, com quase quarenta graus. Saímos logo de manhã em direção à Betfagé, que fica no Monte das Oliveiras. Dalí, partimos em peregrinação, acompanhando os passos de Jesus em sua entrada triunfal em Jerusalém (Domingo de Ramos). Ao passar pela parte mais alta do Monte das Oliveiras, fizemos uma parada no local da Ascensão de Jesus e outra no lugar onde Jesus ensinou o Pai Nosso aos seus discípulos e discípulas. Depois, descemos o monte, passando por dentro do cemitério judaico. Celebramos uma linda missa no lugar onde Jesus chorou sobre Jerusalém (Dominus Flevit). Depois de um saboroso almoço na Casa Nova (comida italiana) e um tempinho de descanso, seguimos nossa peregrinação, passando pela Tumba de Nossa Senhora, a Gruta da Traição e a Basílica do Getsêmani. Lá, fizemos uma foto de grupo e visitamos a linda Basílica das Nações. A seguir, ainda sobrou um tempinho para visita a Igreja do Gallicantu (onde Pedro negou Jesus, antes que o galo cantasse três vezes naquela noite derradeira. Ali, nos deparamos com um fervoroso grupo de 70 peregrinos, da Canção Nova, orientados pelo padre Amilton. Foi uma alegria o encontro com brasileiros.
Depois do jantar, fizemos um passeio pelas ruas de Jerusalém nova, para comemorar o final do Shabat (Sábado) dos judeus, com muita gente na rua, curtindo o verão em Israel.

Fotos: Zilene, Dona Alzira, Angela e Frei João Reintert.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Jerusalém a Belém, passando por São João Batista


No dia de hoje, fizemos uma linda peregrinação, partindo logo cedo para Belém. Atravessamos o muro da vergonha, que o muro que divide a Palestina de Israel, com facilidade, como se passássemos de um país a outro. A bandeira do Brasil é muito respeida nestas terras. Celebramos a missa na Gruta do Campo dos Pastores e a seguir, enfrentamos uma fila enorme, quase duas horas, para chegar até a Gruta onde nasceu o Menino Deus. Mas valeu a pena. E na parte da tarde, visitamos também a Gruta do Leite (onde Maria amamentou Jesus), a Casa de Zacarias (local do nascimento de João Batista) e também o lindo Santuário que traz a memória da visita de Maria à sua prima Isabel (Magnificat). À noite, ainda sobrou um tempinho para uma caminhada e um "suco de cevada".

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A travessia do Mar de Tiberíades

A nossa peregrinação de hoje foi ao redor do Lago da Galiléia, bem como a sua travessia.
Logo cedo, visitamos o santuário da Multiplicação dos Pães é dos beneditinos. Ali se recordam todas as épocas históricas deste lugar. Nos mosaicos anteriores à época bizantina se pode avistar a inscrição do Nilo, no meio de várias representações de aves e animais bíblicos. No centro da ápice, a representação dos cestos de pão e dos peixes, como memória do Evangelho. O santuário foi construído sobre estes mosaicos pré bizantinos, bizantinos, depois igreja cruzada.
A seguir, nos dirigimos ao monte das Bem-aventuranças. A linda paisagem e a panorâmica desta colina nos inspira a meditar sobre o Sermão da Montanha. A tradição oral foi transmitida à história como sendo este o lugar onde Jesus proferira aquele maravilhoso discurso. Segundo o diário da peregrina Etéria (Egeria) o lugar verdadeiro estava localizado a uns 500 metros desta Igreja, perto do lago, onde foram encontradas ruínas de um antigo mosteiro do século IV. O santuário atual foi construído em 1938 por uma associação italiana dedicada às missões, no terreno da Custódia da Terra Santa. É coordenado por um grupo de Irmãs. Ali, rezamos a missa, com uma linda reflexão de Frei Jhônatha.
Depois da missa, nos dirigimos ao sítio arqueológico de Cafarnaum. Cafarnaum é uma cidade em ruínas. O lugar é muito importante porque em evoca em nossa memória os fatos bíblicos da casa de Pedro, onde Jesus estivera muitas vezes. Até o século passado era um lugar abandonado, com montes de pedras sobre o terreno. Os franciscanos adquiriram o terreno e começaram as escavações, sob a coordenação de Fr. Virgílio Corbo. Encontraram restos de uma sinagoga contemporânea de Jesus, onde fora edificada uma outra, posteriormente. As pedras da entrada do sítio, à direita, são desta sinagoga, com a estrela de Davi e a Arca da aliança, esculpidas sobre as mesmas. Nas ruínas da sinagoga se pode localizar o matroneu, na parte de trás, onde poderia ser também uma sala da catequese sinagogal. Atrás desta, passava o Cardo Maximum da cidade romana. Do lado norte, pedras de moinhos de farinha e azeite. Como são tantas, a hipótese levantada é que poderia ser um lugar de venda destes moinhos, escavados na pedra basáltica, típica da região. Depois, no lado oeste, mosaicos e uma pedra da estrada romana, provavelmente da Via Maris, que indicava a quilometragem. Na parte sul, os restos das casas e, a Casa de Pedro, onde Jesus visitava e fazia os milagres, como exemplo, a cura da sogra de Pedro. A Igreja atual está construída sobre os restos desta casa, que se transformou em Domus Ecclesia, no primeiro século, em forma octogonal. Depois, veio a época bizantina e a cruzada por cima. A igreja atual é do ano 1986. Muitos peregrinos apelidam esta Igreja de Disco voador.
Já eram 12h00, quando entramos num barco, onde fomos recepcionados com o hasteamento da bandeira e o Hino Nacional Brasileiro. O Mar da Galiléia é formado pelas águas das três nascentes do Rio Jordão. Está situado a 210 m abaixo do nível do mar. Tem 21 Km de comprimento por 11 Km de largura. Daqui, é recolhida a maior parte da água que é distribuída a todo o Estado, por exemplo, à distância de 180 Km (Jerusalém) e 450 Km (Eilat). Os peixes se multiplicam em abundância, favorecendo a vida dos pescadores desta região. Este lago foi santificado por Jesus. Sabemos, dos Evangelhos, que este lago foi cenário onde: Jesus caminhou sobre as águas, acalmou a tempestade, onde aconteceu a pesca milagrosa, onde Jesus apareceu naquela noite aos discípulos… Todas as palavras e discursos são pouco diante da beleza e maravilhas que sobre este lago se pode meditar ou contemplar! E na outra margem, almoçamos o gostoso peixe de São Pedro, no Kibutz En Ged. Os Kibutz (Kibutzin) começaram em 1909, no sul deste lago, com ideologias marxistas e cristãs, pelos judeus russos. Os seus membros vivem a vida em comum, muito semelhante ao nosso modo de viver. Para entrar, somente judeu, que tenha vivido um ano numa família de judeus, e que passe pelos critérios do regulamento do Kibutz. Têm vinte dias de férias ao ano, para visitar sua pátria, ou familiares. As crianças vivem em forma de orfanato, educadas por pedagogos devidamente preparados neste modo de viver. Normalmente, são a-religiosos. Mas quando se reúnem em dez pessoas, podem formar uma comunidade sinagogal. Quanto ao trabalho, se dedicam na sua maior parte à agricultura e agropecuária. A alta produção de frutas, com a tecnologia ultra moderna de Israel é consumida dentro do país (turismo, restaurantes, hotéis, consumo comum), mas também é exportada. Também se dedicam na rede hoteleira e de restaurantes. Formam um grande capital, com o enriquecimento do Kibutz, e o restante vai ao governo. Os seus membros, como voluntários, não recebem salários, mas vivem bem com todo o conforto favorecido dentro desta organização. Depois de uma visita teleguiada dentro do Kibutz, contornamos o lago de ônibus, até o Santuário de Tabga. Tabga é um lugar de linda natureza, com sete fontes de água salgada. Estas fontes já aparecem mencionadas no diário da peregrina Etéria, no quarto século. Toda a água destas fontes é desviada por um canal que contorna o lago. É a estância de férias dos frades da Custódia. O santuário atual, em memória do primado de Pedro (Mensa Christi), foi construído pelos franciscanos no ano de 1968 sobre as ruínas bizantinas. Na margem do lago, se pode avistar algumas pedras, que representam as pedras onde Jesus pisou, ao sair do lago, segundo a peregrina Etéria. E no final da tarde, fizemos a renovação de nossas promessas batismais no Rio Jordão, disputando o espaço com os gregos ortodoxos e mais um grande grupo da Canção Nova.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Peregrinos em Nazaré e Monte Tabor

Saimos logo cedo do Hotel, às beiras do Mar de Tiberíades, para visitar Nazaré e seus entornos. Nazaré era uma cidadezinha, insignificante, no tempo de Jesus, conforme afirma o evangelista Lucas. No meio das montanhas da baixa Galiléia, a 157 Km de Jerusalém, esta cidade tornou-se famosa pela presença da família de Jesus. Hoje a sua população soma cerca de 60.000 habitantes, incluindo a cidade alta (Nazaré Illit). Aqui convivem pacificamente as três grandes religiões monoteistas desta terra. Os judeus vivem na parte alta (Illit), os árabes (muçulmanos e cristãos) povoam o vale. Vivem do comércio e do serviço aos peregrinos e turistas. (inserir foto Gruta Anunciação).
A Gruta da Anunciação era difícil de ser explicada, porque a arqueologia não era evidente sobre os fatos que aqui aconteceram. Em 1950, o arqueólogo Fr. Belarmino Bagatti, com uma expedição do Instituto Bíblico Franciscano de Jerusalém, nas escavações encontrou restos de cerâmica (lâmpadas de óleo…), que hoje se encontram no museu da basílica. Também encontrou o quarto onde Maria recebeu a mensagem do Anjo Gabriel (hoje: gruta). Foram encontradas várias inscrições em grafite nas pedras das paredes, dentre as quais a famosa escrita: Xaire Maria. Assim, se pôde reconstituir o mosaico das várias etapas da história, a partir da residência de Maria, que era uma sinagoga dos parentes de Jesus. Destes parentes, houve os cinco primeiros bispos da Palestina. Depois, construiu-se a basílica bizantina, a cruzada, a anterior, e a atual. A basílica atual foi construída nos anos 60 deste século. Na parte superior da basílica podemos apreciar lindas decorações, feitas em azulejos, das várias aparições de Maria Santíssima em todo o mundo.
A Igreja de São José foi construída sobre a marcenaria de S. José. Na cripta, podem ser observados restos de batistérios em sete degraus, que confirmam a tradição sobre a visita e veneração deste lugar pelos primeiros judeu-cristãos da época, que aqui eram batizados.

A Fonte da Virgem é uma fonte natural de água que se encontra no mosteiro grego-ortodoxo. Segundo os apócrifos, a virgem recebeu ali o primeiro anúncio do anjo Gabriel, e, amedrontada, correu para sua casa, onde se completou o diálogo sobre o projeto de Deus. Conta a história que desta legenda surgiu a Igreja de S. Gabriel, com referências nos diários de peregrinos já no século XII. Este lugar pertence aos gregos ortodoxos desde 1787.
Caná da GaliléiaCaná da Galiléia (Kefr Kanna) é uma cidade que cresceu muito nos últimos anos, sobretudo pela paz que reina nesta cidade, entre cristãos e muçulmanos. A cidade contém cerca de 8.000 habitantes, dos quais 2.000 são cristãos. Na soma geral de cristãos em Israel e Palestina, é uma das maiores cidades “cristãs” na Terra Santa. Nesta cidade, segundo a tradição, se realizaram as bodas, com a presença de Cristo, seus discípulos e Maria (Jo 2). A cidade também é a pátria do profeta Jonas e de Natanael. De Natanael restou apenas uma igreja dedicada à sua memória, que é propriedade dos franciscanos. A atual Igreja franciscana das bodas foi construída em 1879 sobre a igreja dos bizantinos, mais tarde dos cruzados. Foi restaurada e na cripta, se podem ver restos de vasos de cerâmica, mas não são autênticos. Naquela época eram usadas tinas de pedra. As tinas de pedra eram para que a água fosse purificada, em vez de vasos de argila.
Em Caná, fizemos uma linda celebração de renovação das promessas matrimoniais, onde cada casal do grupo recordou aquele  momento bonita de sua vida e o renovou até que a morte os separe. O casal Marta e Fábio (Curitiba), celebraram 35 anos de matrimônio.


O Monte Tabor é um ponto estratégico para avistar o inimigo. O lugar sempre foi sede de fortalezas edificadas sobre este monte, localizado a 588 m do nível do mar. As várias fases da história e da arqueologia nos demonstram que o lugar, do tempo dos judeus, sempre foi habitado. Afirma o Antigo Testamento que aqui Débora venceu os inimigos de Israel. Depois, vieram os bizantinos e construíram um mosteiro. Mais tarde, beneditinos, cruzados e franciscanos continuaram a história do monte, bem como a memória do episódio da transfiguração de Cristo. Este monte foi doado aos franciscanos em 1631. Foi cenário de várias disputas diplomáticas com o governo de Israel, mas mesmo sendo patrimônio ecológico, a história sempre deu razão aos frades, e a parte circundada por muros continua dos frades. A basílica atual foi construída pelo arquiteto Barluzzi, com arquitetura da Síria, no ano 1924. A Casa Nuova é freqüentada pelos peregrinos de todo o mundo, que aqui pernoitam, ou simplesmente permanecem algumas horas para meditar a frase do Evangelho: “Como é bom estarmos aqui…”! 
Momento marcante, foram os depoimentos na hora da reflexão a partir da experiência de transfiguração. Alguns começaram a chorar de emoção, a ponto de contagiar o grupo num "choro coletivo". As grandes experiências vividas neste Monte marcarão para sempre a vida do grupo!