sábado, 23 de fevereiro de 2013

Uma peregrinação inesquecível pelos Lugares Santos

Os dias 15 a 25 de janeiro deste ano marcaram a história de mais 50 peregrinos, que visitaram os Lugares Santos, acompanhados pelo Comissário, Frei Ivo (organizador e guia) e Frei Ludovico Garmus, OFM (orientador espiritual). Esta foi a 12a. edição de grupos organizados por este Comissariado, em viagens mais modestas, hospedando-se em casas religiosas (Casa Nova, Tiberíades e Hotel do Patriarcado Grego Melquita, Jerusalém). A marca d’água destas peregrinações se dá no maior tempo para visitar os locais sagrados, com tempo para rezar, meditar e conhecer melhor as culturas locais, sem contar que é incluído no pacote uma visita à Custódia da Terra Santa, em Jerusalém. Abaixo, seguem alguns testemunhos de peregrinos que viajaram neste grupo:
"Nunca tive o sonho de conhecer a Terra Santa, menos ainda a esposa, embora com formação religiosa. Tivemos o privilégio de integrar o grupo conduzido e acolhido por Frei Ivo Muller e Frei Ludovico Garmus – janeiro/2013. Não imaginávamos tamanha hospitalidade. A estadia nos lugares sagrados revelou-nos uma vez mais que esta terra é diferente e por isso é de todos, dos “puros e impuros” e aí, por vezes, tantas desuniões, porém deixa a marca cravada em nossos corações que somos filhos e filhas do mesmo PAI e formamos uma grande e única FRATERNIDADE. Que muitos e muitas possam ter o mesmo privilégio e felicidade de um dia participar de uma peregrinação à Terra Santa à luz dos franciscanos" (Paulo L. e Salete da S. Schmitt – Gaspar, SC, Brasil).

"Nós sempre gostamos de viajar. Já visitamos vários países e quase todo o Brasil mas nunca havia passado por nossa cabeça “peregrinar”... Ter a oportunidade de renovar um casamento de mais de 40 anos em Caná, de atravessar o Mar da Galileia, de poder contemplar Cafarnaum ,de entrar no Cenáculo, de estar no monte das Oliveiras, de ver de perto o que Ele deve ter visto ao ficar no deserto,de entrar no do Santo Sepulcro , de comparar ritos e cultos e de sentir dentro de nós a força da fé em Cristo nos fez voltar diferentes e responsáveis por manter aqueles lugares preservados e abertos aos cristãos" (Vanda e Sergio Pessurno, Petrópolis, RJ, Brasil).

"Vivenciar uma peregrinação à Terra Santa, para nós foi um projeto e desejo de há muitos anos. Somos gratos ao Comissariado da Terra Santa pela oportunidade que nos concedeu, onde tivemos a graça de sermos acompanhados por Frei Ivo Müller e Frei Ludovico Garmus, guias especiais tanto no conhecimento histórico quanto nas reflexões e celebrações de que pudemos partilhar. Agradecemos ao Senhor Deus pelo grupo. As leituras e reflexões bíblicas, em cada local visitado, nos aproximavam do tempo de Jesus. Certamente, após esta experiência, cada um se dispôs a trilhar com maior empenho os caminhos do Senhor". (Josefina e Conrado Vasselai, Bragança Paulista, SP, Brasil).

"Confesso que às vésperas de minha viagem não estava passando por um bom momento emocional. No dia do embarque não tinha arrumado minha bagagem. Andava nervosa, explodindo por qualquer coisa, minha mãe, uma santa, me aguentando. Embora estude psicologia, não sou adepta de terapias e nunca usei remédios. Coloco meus problemas nas mãos do Sagrado Coração de Jesus. Minha ida à Terra Santa sob a orientação espiritual de Frei Ivo Müller foi um bálsamo na minha vida, passei a minimizar os problemas cotidianos. Pisar naquela terra e lá depositar nossas demandas no Santo Sepulcro e no Muro das Lamentações é uma graça. O grupo de peregrinos foi fantástico, fiz boas amizades.Não posso deixar de mencionar que Frei Ivo e Frei Ludovico nos brindaram com uma ótima apostila (guia do peregrino), muitas missas (uma delas no Santo Sepulcro) e uma agradável companhia" (Lázara de Azevedo Carvalhal, Rio de Janeiro, Brasil).

 "Ter ido à Terra Santa foi, além de uma vivência intensa de fé e encontro com outras dimensões do Sagrado, uma experiência reveladora: o despertar do sentimento de pertença àquele lugar... Nos locais santos eu pude encontrar-me com a minha própria história como cristã... E isso fez brotar
em mim o desejo de ser "pedra viva" na preservação daqueles espaços que guardam a memória da passagem de Maria (minha especial devoção) e Jesus por esse mundo..." (Cristina M. do A. Marques Ferreira, Petrópolis, Brasil).

"É muito difícil descrever em palavras a experiência que vivi em Israel. Sou um dos mais céticos do grupo dos 50 que foram na Peregrinação para pisar a “terra santa”, na qual todos acreditam fielmente nos seus respectivos valores e princípios religiosos. Eu não sou tão religioso quanto o povo que lá vive. Tenho meus defeitos. A vida é marcada por tanta imprevisibilidade que sua complexidade não nos permite ter a certeza do que vai acontecer no futuro... Quanto mais buscamos respostas para todos os nossos questionamentos, mais encontramos perguntas. Em Israel, ao presenciar fortes cenas de culto e devoção, após visitar tantos locais sagrados, depois de entrar nessa terra tão exótica e especial, quanto à sua história, agora posso dizer que entendo melhor o que é fé. A fé que move as pessoas é algo muito íntimo, difícil de explicar, mas é o que dá força para elas viverem. É a certeza de que o amanhã será melhor. Após tudo que vivi, talvez seja ela que me fez ser uma pessoa melhor. Passei a olhar com outros olhos para todos os religiosos que encontro, comecei a respeitar mais seus preceitos ao invés de criticar seus costumes. Todavia, mais importante que tudo isso foi que eu comecei a procurar a minha própria fé" (Eduardo Couto, Rio de Janeiro, Brasil).

"Diante de tanto esmero em manter os lugares santos, onde tudo o que vimos nos mostrou o amor daqueles que guardam esses lugares, não podemos nos calar. Seja pela geografia do lugar, seja pela história ali preservada e sobretudo pela espiritualidade do lugar: agradecemos a Deus as transfigurações que lá vivenciamos e continuamos a sentir quando nos lembramos das cenas lá mantidas há mais de dois mil anos. Só temos certeza de uma coisa: nossas vidas, provavelmente, se dividirão em duas fazes, ou seja, antes e depois de nossa Perigrinação à Terra Santa (Sebastião e Benta Matos Freitas, Curitiba, Brasil).

"Visitar a Terra Santa é uma experiência única na vida de um peregrino cristão. Respirar o ar nos lugares santos, se inebriar com a natureza, caracterisitca da região de tantos acontecimento bíblicos e poder rezar onde tantos personagens da História da Salvação rezaram, é uma unção para o corpo e o espírito do peregrino... Rezamos, cantamos, brincamos, nos emocionamos e até deu tempo para umas comprinhas. Além de tudo isso o encontro com o vice-custódio da Terra Santa foi um momento único para nos esclarecer a importância de ajudarmos nossos irmãos na fé a permanecerem nos lugares santos. Acredito que todos nós voltamos com um novo olhar sobre as paginas da Bíblia" (Larry C. Marchioro, Curitiba, Brasil).

"Eu senti nessa peregrinação uma grande oportunidade de aprofundar na Fé, onde conheci melhor os grandes acontecimentos da vida de Jesus, Maria e os demais, foi uma experiência emocional inesquecível, despertando e renovando o entusiasmo para missão da vida Cristã. Inclusive envie o panfeto para fazer a inscrição da revista da Terra Santa, que considerei importante para dar continuidade nos conhecimentos" (Marines Bresolin, Paraná, Brasil).

"A partir daquela citação contida do GUIA DO PEREGRINO - "A Terra Santa é o único lugar do mundo cujo 'guia de turistas' é a Bíblia" - gostaria de lhe externar toda minha alegria, satisfação, e profunda emoção ao ter participado desta maravilhosa peregrinação, com celebrações praticamente diárias. Posso lhe afirmar que a minha fé, agora, se apresenta em dois momentos: um, antes de ter conhecido os lugares santos; outro, após ter experimentado esta realidade. As leituras bíblicas e a participação nas missas já não são mais as mesmas. A travessia do Mar da Galiléia, a passagem pelo deserto, a missa celebrada em Belém, e a benção que foi dada no dia de nosso retorno, na Igreja dedicada a São Pedro (a Sul de Tel-Aviv) a todo nosso grupo pelo Frei Ludovico e Irmã Almelinda, me tocou bastante. Senti uma emoção incontida. Agora, entendo melhor porque nós, cristãos, precisamos colaborar e manter os lugares santos. Obrigada, Frei Ivo, por toda esta experiência!" (Mônica Pimenta Vanzan, Petrópolis, Brasil).

"A Rosa e eu retornamos à Terra Santa pela segunda vez em menos de um ano. O impacto da primeira passagem por lá vinha carregado de dados turísticos pouco esclarecedores daquilo que, no íntimo, procurávamos. Voltamos com sede de 'quero mais'. Quando a oportunidade certa apareceu, viajamos imbuídos da ideia de somente nos ater à descoberta do novo, presente nas pegadas que Ele deixou. Queríamos, não só visualisar os elementos históricos, geográficos e sociológicos, mas compreender um pouco mais do Caminho e do sentido nele contido. Ficamos felizes e voltamos renovados. Somos imensamente gratos a todos quantos contribuiram para que desfrutássemos dessa oportunidade" (Zancanaro e Rosa, Paraná, Brasil).

As palavras destes depoimentos falam por si mesmas, atestando que vale a pena dar um presente a si mesmo ou a uma pessoa querida, que marcará a sua vida para sempre, visitando a Terra Santa.

Frei Ivo Müller, OFM (Comissário)

 

 

 

 

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Congresso dos Comissários latinoamericanos da Terra Santa


Nos dias 03 a 09 de fevereiro aconteceu o VIII dos Comissários latinoamericanos da Terra Santa. Participaram deste Congresso os comissários: Fr. Rafael Sube Jiménez, OFM (Argentina), Fr. Ivo Müller, OFM (Brasil), Fr. Jorge Egídio Hartmann, OFM (Brasil), Fr. Francisco Alexandre Viana, OFM (Brasil), Fr. Edilson Rocha da Silva, OFM(Brasil), Fr. Luis Augusto Lessa (GUTO), OFM (Brasil), Fr. Miguel Chuvirú Pesoa, OFM (Bolívia), Fr. Domingo Nicomedes Tapia Gutiérrez, OFM (Chile), Fr. Ramiro Rafael Acosta Cárdenas, OFM (Colômbia), Fr. Carlos Arturo Restrepo Giraldo, OFM (Colômbia), Fr. Luís Arcesio Gallardo Loja, OFM (Equador), Fr. Francisco Mauricio Espinoza Fernández, OFM (Honduras), Fr. Carlos Hernández Covarrubias, OFM (México), Fr. Fernando Comparan Aguilar, OFM (México), Fr. Luis Nevárez Lara, OFM (México), Fr. José María Zubizarreta Soraluce, OFM (Paraguai), Fray Miguel Ángel González Naranjo,  OFM (Venezuela). Os comissários contaram ainda com a assessoria de  Fr. Emérito Merino Abad, OFM (Espanha), de Frei Giorgio Maria Vigna (Jerusalém) e especialmente com a presença de Frei Pier Battista Pizzaballa, Custódio da Terra Santa.

O congresso se realizou no Convento São Francisco, em Santiago, Chile.

A manhã do primeiro dia foi dedicada a uma reflexão sobre o ano da fé, assessorada pelo Fr. Santiago Segundo Andrade Triviño (vigário provincial da Província da Santíssima Trindade, Chile). Na parte tarde, houve a apresentação do Vademecum dos Comissários, apresentado pelo Frei Giorgio M. Vigna.

O segundo dia teve como assessor principal o Custódio da Terra Santa, que discorreu sobre os trabalhos realizados na Custódia, sobretudo com a ajuda dos colaboradores da Terra Santa, que são leigos empenhados no mundo todo em ajudar os Lugares Santos. Também teve a apreciação dos Estatutos da Conferência Latinoamericana, elaborados por Frei Ivo.

O terceiro dia foi abrilhantado pelo Frei Emérito Merino, que é um modelo de organizador de peregrinações para a Terra Santa na Espanha. São cerca de 60 grupos por ano, contando com ajuda de colaboradores leigos.

O quarto dia foi dedicado à partilha das experiências dos comissários, sobretudo na organização e condução dos grupos de peregrinos em visita aos Lugares Santos. Destacou-se a importância da boa preparação dos grupos, bem como dos frades comissários, enquanto guias destes grupos. No final do dia, houve a eleição dos coordenadores da Conferência, sendo eleitos: Frei Ivo (Presidente) e Frei Carlos Arturo Restrepo (Secretário – reeleito). 

A manhã do quinto dia foi ocupada pelas propostas e conclusões do congresso. Na parte da tarde, os Comissários foram visitar a vinha Concha y Toro, com direito a degustação de vinhos. Na sequência, visitaram uma casa de encontros da Província chilena, com capacidade para abrigar 160 pessoas para retiros e encontros de formação.

O sexto dia ficou aberto para uma visita ao Eremitério da Província (El Totoral), para um suculento almoço em Valparaíso, às margens do Oceano Pacífico, bem como para uma visita à linda cidade litorânea de Viña del Mar.

No sábado, alguns viajaram. Os cinco Comissários do Brasil ocuparam-se na parte da manhã para uma reunião de partilha de suas experiências. Debruçaram-se sobre a publicação e avaliação das primeiras edições da Revista Terra Santa em português e na na possível configuração de novos comissariados. Este assunto deve retornar à baila na próxima reunião, prevista para setembro deste ano. Na parte da tarde, alguns aproveitaram o tempo para visitar a cidade de Santiago e se depararam com uma surpresa. Praticamente todo o comércio estava fechado. Aconteceu que choveu nas montanhas e as torrentes de água suja interferiram nos reservatórios das cidade. Por lei, o comércio teve que ser fechado, por falta d’água, especialmente nos banheiros públicos, bares e restaurantes. No convento, o guardião deu uma garrafa de um litro e meio para cada frade (para tomar banho e escovar os dentes).
Os congressistas saíram de Santiago com um sentimento de gratidão pela hospitalidade e simplicidade vivida por aqueles frades, que não mediram esforços no melhor atendimento possível dos visitantes.