terça-feira, 25 de novembro de 2008

Descoberto em Jerusalém um túnel do tempo de Davi

Nos últimos tempos as escavações na Cidade de Davi têm revelado inúmeras riquezas arqueológicas que nos transportam ao tempo da Bíblia. A última delas foi a descoberta de um túnel que poderia ser do tempo do rei Davi, eventualmente mencionado em 2Samuel 5,8, quando Davi conquistou a cidade usufruindo da presença de um canal. Esse canal provavelmente era um aqueduto.

O túnel foi descoberto no início do ano. A abertura é bastante grande e permite a passagem de uma pessoa, contudo só os primeiros 50 metros são acessíveis. O resto é coberto por detritos e outros materiais que precisam ser removidos. As paredes do canal são feitas de pedras, às vezes naturais e às vezes trazidas de outros locais.

O aqueduto se encontra embaixo de uma estrutura feita de pedra que foi identificada pela arqueóloga Eilat Mazar como o Palácio de Davi (2Samuel 5,11). O túnel, que já existia, teria sido usado também durante o período da existência desse palácio. Mais tarde o túnel pode ter sido usado como passagem de emergência e talvez foi usado pelo rei Sedecias, quando Jerusalém estava sitiada pelo babilônicos (2Reis 25,4). Na área foram encontradas também lâmpadas de óleo datadas do fim do Primeiro Tempo (600 antes de Cristo), que serviriam para provar tal tese.

A cidade de Davi è uma pequena colina onde Davi construiu a sua capital, há 3 mil anos atrás. Enquanto no subsolo revela preciosos tesouros arqueológicos, na superfície esta se tornando um centro muito ativo, com espaços para os visitantes, uma exposição tridimensional e visitas guiadas às escavações que incluem o poço de Warren e também o túnel de Ezequias e a piscina de Siloé.

Fonte: http://www.abiblia.org/newsView.asp?id=96

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Celebração de Duns Scotus

Sob a iniciativa do Studium Biblicum Franciscanum, foram desenvolvidas as festividades para a inauguração do ano acadêmico. A cada ano, tal inauguração se dá pela ocasião da festa do Beato Duns Scotus, que assume, nesse ano de 2008, uma maior solenidade devido ao VII centenário de sua morte.

No dia 08 de novembro pela manhã, a sala do auditório de São Salvador encontrava-se repleta de frades franciscanos, capuchinhos, religiosos e religiosas que vieram para participar das três conferências do dia.
A magistral conferência de Frei Paolo Martinelli OFMCap tinha como tema: São Francisco de Assis e a fé: atualidade de uma experiência cristã. Também houve a exposição de Frei José Rodriguez Carballo OFM, Ministro Geral da Ordem: O Beato João Duns Scotus (1266-1308) sinal profético para a Ordem Franciscana e para a Igreja. E por último a conferência de Frei Frédéric Manns OFM: Ecos do Sínodo sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja.

No dia seguinte, domingo dia 9, no Getsêmani houve a missa solene presidida pelo Ministro Geral, Frei José Rodriguez Carballo OFM, acompanhado pelo Custódio da Terra Santa, Frei Pierbattista Pizzaballa, pelo vigário custodial Frei Artemio Vítores e pelo provincial da Província de Santa Edwiges, da Polônia, Frei Waclaw Satnislaw Chomik. Além dos frades da Custódia, professores e alunos do SBF, bem como os seminaristas franciscanos, estavam presentes também 48 franciscanos polacos, que estavam em peregrinação. A eucaristia foi concelebrada por inúmeros sacerdotes.

Na homilia, o Ministro Geral recordou que Duns Scotus foi capaz de, graças ao estudo, alimentar o diálogo entre o conhecimento e a devoção, a contemplação e a pesquisa, a ciência e a caridade. Neste sentido, pode ser considerado ainda hoje, tanto para os franciscanos quanto para aqueles que não pertencem à Ordem, um mestre e guia.

A presença dos frades polacos da Província de Santa Edwiges, convidados para o almoço em São Salvador, foi uma ocasião para o Custódio da Terra Santa entregar a medalha do peregrino ao Provincial da referida província, Frei Waclaw Stanislaw Chomik. Após o almoço, o Custódio se dirigiu também aos frades, apresentando a realidade da Custódia.

Atualmente 22 frades polacos estão presentes na Terra Santa, dos quais 4 pertencem à Província de Santa Edwiges. 

Tradução: Frei Diego Atalino de Melo
http://www.custodia.org/spip.php?article4261&lang=it

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Briga dos monges gera "escândalo"

A briga de domingo entre monges armênios e greco-ortodoxos na Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém,foi um "escândalo". Foi o que disse o custódio da Terra Santa, Fr. Pierbattista Pizzaballa, em entrevista à Rádio Vaticano. O confronto ocorreu durante a cerimônia anual da Cruz de Jesus, levada em procissão pelos monges armênios e impedida por um monge ortodoxo.

Fr. Pizzaballa explicou que se trata de tensões antigas ainda vivas em Jerusalém, porém, tudo tem um limite e este limite foi fartamente superado: "Hoje, os conflitos e as incompreensões, que são inevitáveis no nosso ambiente, não podem ser superados com a violência. Que credibilidade teremos, sobretudo nós cristãos, quando convidamos todas as partes, principalmente israelenses e palestinos, a um diálogo e depois fazemos essas coisas? Dito isso, é preciso compreender ainda que as culturas aqui sejam muito diferentes, também é verdade que a unidade é uma realidade à qual aspiramos, mas que, infelizmente, ainda não existe".

Fr. Pizzaballa anunciou que contatou as duas partes para tentar resolver a questão.
   
http://www.franciscanos.org.br/noticias.php/182/

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Jordânia zela pelos lugares santos

O rei Abdullah declarou que a Jordânia, em continuidade com o seu direito histórico de fiscalizar e de garantir a conservação dos lugares santos de Jerusalém, se empenhará para que tais lugares continuem sendo protegidos.

Durante o encontro em que participou o diretor geral da Unesco, Koïchiro Matsuura, o Rei confirmou a oposição da Jordânia a todo intervento israelita que possa comprometer a identidade islâmica di Bab Al Magherbeh, que a Unesco considera patrimônio da humanidade e cujas características não devem sofrer alterações.

A Jordânia sustenta a posição de que os trabalhos realizados pelas autoridades israelitas são ilegais. Segundo Raef Nejem, vice-presidente da comissão para a conservação da Mesquita de Al Aqsa e da Cupola della Roccia, as autoridades de Awqaf apresentaram uma proposta para a conservação da rampa de acesso à porta dos Magrebini, danificada pelas chuvas, bem como a conservação de uma outra estrada não asfaltada.

Neje afirmou que o projeto recebeu a aprovação da Unesco, pois respeita a história do lugar e não envolve a Mesquita. No entanto, ainda assim, Israel continua com o seu projeto de construir uma ponte de aço.
Durante um encontro com Matsuura, o primeiro ministro Nader dahabi, recordou que a responsabilidade da Jordânia de fiscalizar e cuidar dos lugares santos de Jerusalém é uma missão que está vinculada ao status histórico e religioso da família Hascemita. O premier pediu que a Unesco faça o possível para que sejam envolvidos também especialistas da Jordânia para a realização do projeto para a reconstrução e restauro da Porta dos Magrebini.

Para Dahabi, é importante colaborar com todas as partes envolvidas, inclusive a autoridade religiosa muçulmana, que é representada em Jerusalém por Awqaf, que tem por objetivo prover a conservação dos santuários muçulmanos.

Desse modo, a Jordânia espera que o projeto final de restauro de Bab AL Magharbeh seja aprovado pela supervisão da Unesco e pelo World Heritage Committee, declarou Dahabi. 

Tradução: Frei Diego Atalino de Melo
Fonte: http://www.custodia.org/spip.php?article4268&lang=it

domingo, 9 de novembro de 2008

Terceiro Templo em Jerusalém?

Por séculos os hebreus recordaram, em suas tradições, a destruição do Templo com alguns gestos e sinais, como o quebrar um copo no dia do casamento ou deixar uma parte da parede na entrada da casa sem pintar, querendo recordar que nada está perfeito ou completo sem o Templo.

Construído pelo Rei Salomão por volta do ano 950 a.C, e destruído pelos babilônicos no ano de 586 a.C, o Templo foi reconstruído por volta de 70 anos depois, mas sendo deixado definitivamente ao chão pelos romanos no ano 70 d.C.

O Temple Institute, fundado em 1987, tem o claro objetivo de reconstruir o Templo. Com sua sede numa localidade hebraica, o instituto é visitado anualmente por cerca de 100 mil pessoas, dentre as quais a metade é cristã, desejosos de conhecer a história do Primeiro e Segundo Templo e os preparativos para o Terceiro.
Muitas das pessoas do Temple Institute foram qualificadas de loucas, fanáticas e racistas, embora ainda continuem a acreditar que não exista nada de mais natural, para a fé hebraica, que começar a fazer os preparativos para o Terceiro Templo.

Segundo Richman, os hebreus devem ter muito bem claro um importante princípio: fazer o possível para que o Terceiro Templo seja realizado ainda em nossos dias. O primeiro passo deve ser o retorno às raízes espirituais para uma reconciliação entre Deus e o homem, não somente para o povo hebraico.
Segundo o diretor do Temple Institute, Yehuda Glick, alguns hebreus devotos acreditam que o Templo descerá do céu. Glick adverte que, “celeste” não significa necessariamente místico ou mágico. Durante a guerra dos Seis Dias, de fato, o povo de Israel estava enfrentando uma grande catástrofe e estava para ser eliminado. Por seis dias resistiram aos inimigos de todos os lugares e reconstituíram Jerusalém como capital do Estado de Israel. Desse modo, também isto pode ser considerado um milagre.

O Rabino Moshe Silberschein, docente de literatura rabínica do Hebrew Union College, tem um certo temor, caso o Institute comece a ocupar-se a falar da construção do Terceiro Templo. É senso comum de que não se pode impor (sob a Explanada do Templo) a delimitação de uma área para construir o Terceiro Templo, pois seria motivo de guerras e discórdias, o que seria uma total contradição ao que se lê em Isaías: “O meu templo se chamará casa de oração para todos os povos”.

Também o Rabino David Forman, ex-diretor da sede israelita da Union for Reform Judaism, tem a posição contra as aspirações do Institute, se opondo por duas razões: a primeira é puramente ideológica/teológica e a segunda é prática/política. Forman observa que, em primeiro lugar, a reconstrução do Templo reconduziria o judaísmo aos tempos no qual o culto a Deus era praticado com o sacrifício. Segundo a tradição hebraica, com a destruição do Templo, desabou também a noção de sacrifício. No período rabínico nasce uma nova forma de oração que parece ser uma forma mais civil de pedir, louvar, agradecer e rezar a Deus.

Em segundo lugar, a reconstrução do Templo provocaria graves desordens devido à enraizada devoção que as três religiões monoteístas têm por Jerusalém, a cidade Santa. Alterar este equilíbrio, portanto, poderia motivar um conflito muito mais amplo, envolvendo todo o mundo e, certamente, também a comunidade islâmica. 

Tradução: Frei Diego Atalino de Melo
Fonte: http://www.custodia.org/spip.php?article4248