quarta-feira, 1 de junho de 2011

Ain Karen – Solenidade da Visitação de Nossa Senhora.

Jerusalém, 31 de maio de 2011
Ain Karen, poucos quilômetros a oeste de Jerusalém, encontra-se o vilarejo no qual a tradição situa a casa de Zacarias e de sua esposa Isabel. Aqui nasceu João Batista, aqui Maria – depois do anúncio do Anjo – foi ao encontro de sua prima também esperando um filho e magnificou o Senhor: “Grandes coisas fez em mim o Onipotente e Santo é seu nome”.
As palavras do “Magnifcat” – traduzidas em várias línguas – cobrem o muro que circunda o Santuário da Visitação, construído em 1930 e projetado pelo arquiteto Antonio Barluzzi. Sobre este mesmo lugar, havia uma capela do período bizantino dedicada ao Batista que escapou ao massacre dos Inocentes. É ainda guardada, na atual cripta que constitui o nível inferior do santuário, a pedra onde – segundo uma narrativa do evangelho apócrifo de S. Tiago – o pequeno São João foi escondido e salvo por um anjo. Depois da devastação que seguiu logo a conquista árabe, na época dos cruzados se providenciou a reconstrução da capela, transformando-a em cripta e edificando acima dela uma grande basílica. A área novamente devastada e abandonada foi resgatada pelos franciscanos no ano de 1679.
Aqui, na manhã do dia 31 de maio, o Custódio da Terra Santa, frei Pierbattista Pizzaballa, presidiu a Missa Solene, que celebra o encontro de Maria com sua prima Santa Isabel. “Esta nossa vida é habitada pela salvação – recordou o Custódio na homilia – porque o senhor Deus simplesmente escolheu habitar entre nós, em nós. Isabel e Maria são mulheres que perceberam e reconheceram esta graça uma na outra. Reconheceram que a própria história foi objeto de atenção da parte de Deus, que Deus guardou e doou a vida onde era impossível que a vida nascesse. O Evangelho também é este perceber que a presença de Deus na vida do homem não pode acontecer fora de uma relação humana, porque temos necessidade do outro para reconhecermos a Deus.
Durante a celebração, foram concedidos aos frades estudantes os ministérios de Leitorato e Acolitato. Os primeiros receberam o livro das Sagradas Escrituras, e aos outros, que prestarão o serviço ao altar, foi dado um cálice.

Texto de Serena Picariello.
Tradução fr. Jean Ajluni, ofm.

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