As ruínas de Jerusalém, com seus mais de 3000 anos de história, são um testemunho vivo de que as gerações passam, mas as pedras, mesmo não falando, continuam para nos contar a sua história. Diante desta panorâmica, façamos juntos uma retrospectiva histórica, ou seja, uma caminhada ao passado para entender o presente dos lugares santos. A nossa breve abordagem seguirá os seguintes pontos:
1. Da conquista da Terra Prometida ao Império romano
Os israelitas conquistaram a Terra Prometida pelo ano 1200 a .C. Chegaram pela margem ocidental da Jordânia, atravessando o Rio Jordão e conquistando Jericó, cidade habitada por outros povos. Este povo conquistou a terra e fortificou as suas tribos. No ano 1000 a .C., houve a unificação do reinado de Davi, com a sua capital em Jerusalém. Este reino durou até 587 a .C., quando os israelitas foram deportados para a Babilônia, no exílio, pelo rei Nabucodonosor. A cidade foi destruída pelos Babilônicos. Em 538 a .C. os israelitas foram libertados pelos Persas e iniciaram a reconstrução do Templo. Jerusalém passa a ser governada pelos sacerdotes. Em 334 a .C., com a conquista de Alexandre Magno, Jerusalém passa por um processo de helenização. Os gregos permaneceram nesta terra até 63 a .C., com a conquista do Império romano.
2. Do Império Romano à Conquista Turca
Os exércitos de Pompeu invadiram a Terra Santa em 63 a .C. Herodes, o grande, reconstrói o Templo. Nasce Jesus em Belém da Judéia. Em 70 d.C., na revolta dos romanos contra os judeus, os romanos destruíram o Templo. Em 300, com a vinda do Imperador Constantino – o Iluminado, o cristianismo renova as suas forças e passa a ser a religião oficial do Império. Constantino manda construir as grandes basílicas da Natividade (Belém), Santo Sepulcro e Pai Nosso (Monte das Oliveiras). Em 614 os Persas arrasam tudo na tentativa de apagar a memória dos lugares santos. Em 637, com a conquista dos muçulmanos, Jerusalém passa a ser a terceira cidade mais importante do Islamismo, depois de Meca e Medina. Quando os Cruzados conquistaram a Terra Santa 1099, para devolver os lugares santos à humanidade, Jerusalém estava sob o domínio dos Turcos, que permaneceram na Terra Santa até 1291, quando os Mamelucos começaram o seu domínio sobre os lugares santos. Os muros atuais da Cidade Santa foram construídos pelos turcos Otomanos, em 1530.
3. Da Conquista Turca ao Período Franciscano
Não obstante a presença dos turcos na Terra Santa, o começo da era franciscana se deu em 1219 com a vinda de S. Francisco de Assis à Terra Santa. Depois de visitar Damieta (Egito) e dialogar com o Sultão, Francisco chegou em Acre (norte de Israel) e ali fundou uma pequena comunidade de frades menores. É importante notar que o Bispo da época era Giacomo da Vitry, amigo de Francisco de um encontro em Perúsia, dois anos antes. Fundaram então o convento de S. João do Acre. A presença dos frades na Terra Santa, apesar de precária, continuou até 1333, quando o rei de Nápoles, Roberto d’Angiò e a rainha Sancha di Mallorca compraram o Cenáculo, dos turcos no Monte Sión e presentearam este lugar aos frades menores. Com as bulas papais Gratias agimus e Nuper carissimae, o Papa Clemente VI confiou aos frades menores a custódia dos lugares santos em 1342. Assim, nasce oficialmente a Custódia da Terra Santa. Em 1347, os frades iniciaram a custódia da Basílica da Natividade (Belém), e em 1485 a custódia de S. João Batista (Ein Karem). Em 1523, com a conquista dos Turcos na Palestina, o Cenáculo, como sede da Custódia, foi transformado em mesquita e os frades foram obrigados a abandonar o convento. Em 1551, instalaram-se no Convento de S. Salvador (atual sede custodial). A partir deste ano, começaram a custódia em quase todos os lugares santos, conforme cronologia que segue:
- 1630: Anunciação (Nazaré);
- 1631: Monte Tabor;
- 1641: início das negociações sobre Caná da Galiléia. Conclui-se em 1879;
- 1661: Jardim do Getsêmani;
- 1679: Visitação (Ein Karem);
- 1836: Flagelação;
- 1867: Emaús;
- 1880: Betfagé;
- 1889: Dominus Flevit e Primado de Pedro (Tabga);
- 1894: Ruínas de Cafarnaum (vide foto acima);
- 1909: Campo dos Pastores;
- 1936: Cenacolino (proximidades do Cenáculo, que já era dos frades);
- 1950: Betânia (todo o complexo).
É importante lembrar que todas estas conquistas, ou compras dos lugares santos só foi possível com a ajuda dos peregrinos de todo o mundo.
4. Do Período Franciscano ao Estado de Israel
Em 1917, durante a Primeira Guerra mundial, os turcos foram rechaçados pelo general Allemby, em Meguido. A Palestina passou ao domínio dos ingleses que em 1948, abandonaram a Palestina. Sob conselho das Nações Unidas, foi criado o Estado de Israel, no dia 18 de julho de 1948. Israel permaneceu com a parte ocidental do Estado, com cerca de um terço do território, e os palestinos, anexados à Jordânia, com a parte oriental do Estado (Cisjordânia). Em 1967, na Guerra dos Seis dias (Yon Kippur), Israel conquista as colinas de Golán (Síria), o Sinai e a Faixa de Gaza (Egito) e toda a Cisjordânia. O monte Sinai foi devolvido ao Egito em 1979, com um acordo de paz entre Israel e Egito. No dia 09 de dezembro de 1989 começou a guerra da Entifada, como modo de rebelião dos palestinos contra os israelitas nos territórios ocupados. Esta guerra terminou em1991, no acordo de paz de Madri. Desde 1981, a capital de Israel, era em Tel Aviv , passou a ser Jerusalém.
Frei Ivo (Comissário)
Frei Ivo (Comissário)
Boa tarde é muito lindo eu adoro ouvi e falar das estoria da Biblia sagrada gostaria tanto de um dia esta ante mesmo de eu morrer esta la em jerusalem.muito bom comtinua com teu estorias bjs do Brasil
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