segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

As escolas da Terra Santa se preparam para o futuro

Quarta-feira, 15 de dezembro. O Custódio da Terra Santa, frei Pierbattista
Pizzaballa, participou da reunião mensal dos diretores dos centros educativos da Custódia, as chamadas Escolas da Terra Santa.

O Custódio manifestou o desejo, para os anos que ainda lhe restam, de investir preferencialmente no sustento das escolas da Custódia, esperando, ainda que se apresentem novos desafios, poder discernir com os diretores e educadores as iniciativas a adotar.

O primeiro desafio é consequência das diferentes trocas legais impostas tanto pelo Estado de Israel como pela Autoridade Palestina. Trocas que, às vezes, acontecem muito rápidas. Nos últimos anos, essas mudanças afetaram as competências dos próprios diretores. Mesmo hoje a Custódia pode seguir dispondo de diretores franciscanos ou religiosos com o cível universitário e
linguístico solicitado (em árabe e hebraico ou, como em Israel, os dois)... Até quando será assim? Será preciso, algum dia, confiar a direção das escolas a diretores leigos?

Surge, então, o segundo desafio. Qual será, em tal caso, o modo de conservar a identidade religiosa e a espiritualidade franciscana?, como se poderá transmitir esta identidade aos alunos que em sua maioria são ou serão de confissão muçulmana?

É verdade que já há 201 anos a Custódia acolhe estudantes muçulmanos em suas próprias escolas, mas a oscilação das proporções interroga sobre o testemunho cristão no coração das escolas. E isto é, ao menos, o mais essencial, ainda que seja necessário fazê-lo de maneira ainda muito mais respeitosa.

De sua parte, os diretores, partilhando suas experiências e também as dificuldades, sublinharam a importância deste Departamento para as escolas. Manifestaram seu desejo de que este encontro, deste Departamento, converta-se em um lugar de avaliação que lhes permita seguir mais de perto as questões legislativas, expressando sua vontade de reunirem-se periodicamente, uma vez por região, para retomarem as questões legais, e uma vez todos juntos para discutirem as questões educativas que são as que se partilham com maior frequência.

A Custódia gerencia na Terra Santa dez escolas, e entre sete e oito mil alunos, mas cada escola está fortemente influenciada pelo lugar em que se encontra. O que tem em comum a pequena escola de Jericó, longe de todos, numa cidade da Cisjordânia onde vivem somente um punhado de cristãos, e a grande escola de Nazaré, onde os jovens cristãos árabes convivem de maneira bastante positiva em meio aos israelitas? Que relação há entre as escolas mistas, masculina e feminina de Jaffa, em Israel, onde a população árabe cristã está desaparecendo, e as escolas não mistas de Belém? Como respeitar estas diferenças e ao mesmo tempo manter uma linha de ação comum com relação aos meios e às competências que inspiram o mesmo espírito franciscano?

Estas são as questões que, de um modo mais visíve,l um Departamento para as escolas, melhor ancorado no coração da Custódia, poderá ajudar a enfrentar.

Mab

Tradução: Frei Leonardo Pinto dos Santos
http://www.custodia.org/The-Terra-Santa-schools-prepare.html?lang=it

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