sábado, 22 de janeiro de 2011

A coordenação da Terra Santa se reúne para avaliação


De 8 a 13 de janeiro, a Coordenação da Terra Santa, que é composta por bispos que representam as conferências episcopais da América do Norte, Europa e Escandinávia, reuniu-se em Jerusalém pelo décimo segundo ano consecutivo, com a finalidade de tomar conhecimento sobre a situação do país, reunir-se com os responsáveis locais e valorizar as necessidades e as modalidades de ação para que a atuação da Igreja universal esteja de acordo e adequada à Igreja da Terra Santa, mãe das Igrejas e sempre ligada aos sucessos e dificuldades de todo tipo que acontecem no Oriente Médio.

As reuniões aconteceram basicamente nos locais da Cúria Geral da Custódia da Terra Santa, no convento de São Salvador, e nelas sucederam uma dezena de intervenções.

O tema eleito pelo Sínodo do Oriente Médio, “A multidão dos fiéis tinha um só coração e uma só alma” (At 4, 32), orientou o rico e variado conteúdo das sessões. De fato, os padres se alegraram por contar com o padre Felet, secretário da Conferência dos Ordinários da Terra Santa, pela qualidade da organização e pelo alto nível dos oradores. Agradeceram especialmente por poderem desfrutar de um rico panorama da Igreja da Terra Santa sem falsas espiritualidades nem romanticismos, mas enfrentando a realidade com a energia necessária para superar as dificuldades onde quer que apareçam.


Durante toda a semana, os desafios que se enfrentam na Igreja da Terra Santa se revelaram aos bispos sob uma nova luz. O desafio do diálogo ecumênico e inter-religioso; o desafio da educação nas escolas, tanto no interior como no exterior (qual é a imagem que se tem do cristianismo nas escolas israelenses e palestinas não cristãs?); o desafio da vida religiosa em uma Igreja local com dimensão universal; o desafio da acolhida dos peregrinos e das peregrinações.

“É importante ver os desafios que a Igreja da Terra Santa deve enfrentar em um território tão pequeno. Uma Igreja que deve viver a diversidade de línguas, de culturas, de ritos, de regimes políticos, de áreas geográficas e suas realidades sociais, e mesmo assim permanecer Uma”, comentou Monsenhor Michel Dubost, bispo de Evry (França).

O comunicado da imprensa (que se pode consultar no site do Patriarcado) serviu para dirigir uma mensagem de apoio aos que trabalham em todos os campos nos quais está presente a Igreja, como às autoridades, para que encontrem caminhos de paz e justiça duradouras.

“A coisa mais deprimente neste país é ver no caminho a Belém uma placa que indica aos cidadãos israelenses que estão proibidos de passar. É a coisa mais terrível que conheço, porque isto impede que se chegue a uma solução que poderia ser encontrada em conjunto. Esquecemos a política e os intelectuais, deixemos que as pessoas tenham a oportunidade de se encontrar”, declarou Mons. William Keney, representante da conferência episcopal da Inglaterra e Gales.

O Núncio apostólico, que veio despedir-se dos bispos, encorajou-os a continuarem com seu trabalho. Por outro lado, já se fixou as datas para a próxima reunião.

Mab

Tradução: Frei Leonardo Pinto dos Santos
http://www.custodia.org/Coordination-for-the-Holy-Land.html

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