quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Oração ecumênica contra a violência


Uma única oração uniu na terça-feira, 4 de janeiro, na igreja do Patriarcado Copto ortodoxo de Jerusalém, as igrejas da Terra Santa para lamentar pela segunda vez em três meses, os mortos de outro ataque contra os cristãos no Oriente Médio.

Estavam presentes, entre outros, os representantes da maior parte dos chefes das igrejas, e todos tomaram a palavra para denunciar as condições de certos ataques discriminatórios, como este acontecido na vigília da festa enquanto os fiéis estavam rezando.

O Gran Mufti de Jerusalém enviou uma mensagem que foi lida, enquanto um representante do Fatah expressou algumas palavras. Também o representante da Autoridade Palestina, Mr. Zyad Bendak leu uma mensagem do Presidente Mahmoud Abbas, assim como diversas personalidades muçulmanas da cidade que participaram e apresentaram as suas condolências.

Entre o público se notava também a presença de hebreus israelenses comprometidos com o diálogo com outras religiões monoteístas do país.

Foi o arcebispo dos coptas ortodoxos da Terra Santa, mons. Anba Abraham, quem concluiu com um discurso este prolongado encontro, segundo a tradição oriental, pela apresentação das condolências diante de um café.

Em uma entrevista ao Franciscan Media Centre, mons. Anba Abraham, disse citando Tertuliano: “O sangue dos mártires é semente de novos cristãos. Esta prova pode reforçar a fé dos nossos fiéis, que serão sempre mais numerosos nas nossas igrejas. Às vezes Deus permite que certos eventos ocorram porque o martírio é um testemunho para o mundo inteiro, um testemunho que deve reforçar a nossa fé e nos reaproximar do Senhor, e fazer-nos crer mais profundamente no Nosso Salvador Jesus Cristo”.

Além disso, a comunidade cristã árabe na Terra Santa, mesmo quando se encontra no país mais seguro da região, considera que esses ataques refletem a angústia de uma pressão inexorável. Segundo o arcebispo Antonio Franco, Núncio e Delegado apostólico, “há o risco de que essa angústia se deixe levar pelo pânico”. A opinião geral é que seja necessário inverter a tendência, fazer a paz onde há a guerra. Uma solução simples, mas possível somente por vias muito tortuosas e ainda mais longas!

Mab

Tradução: Frei Leonardo Pinto dos Santos
http://www.custodia.org/Preghiera-ecumenica-in-memoria-dei.html

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