segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
A oração pela paz e pela liberdade religiosa é sempre atual
No dia um de janeiro, como a cada ano, uma grande multidão se reuniu no Patriarcado Latino Jerusalém para iniciar o novo ano em oração.
Sua Beatitude Fouad Twal presidiu a Missa papal em honra de Maria, a Rainha da Paz, cercado de numerosos bispos e exarcas patriarcais das Igrejas Católicas Orientais, do Custódio da Terra Santa, por abades e superiores e por cerca de trinta padres.
Como a maioria das congregações religiosas do país estava presente, em sua homilia o Patriarca saudou em particular aqueles que tiveram de passar o primeiro Natal aqui a serviço da Terra Santa, também se voltando à tragédia que ocorreu às irmãs Franciscanas do Imaculado Coração de Maria.
Falando em árabe sobre pontos positivos e negativos do último ano, delineou alguns pontos para o novo ano em termos de “diálogo ecumênico e inter-religioso”, de “consolidação da fé do povo Deus, agradecer a leitura da Palavra de Deus a cada dia” e acolhida do aumento de números de peregrinos em visita à Terra Santa.
Em italiano e depois em francês, o Patriarca recordou o drama da emigração de cristãos do Oriente Médio e particularmente da Terra Santa, que é uma “perda para a Igreja universal, para os muçulmanos e para os judeus. Cristãos podem fazer o papel de mediadores em um conflito que tem durado tanto tempo”.
Falando sobre as divisões entre os cristãos, razão pela qual o Sínodo foi convocado, Sua Beatitude falou sobre o “desejo de ver os cristãos locais com uma data comum para a Páscoa”, que está incluída na lista de propostas finais do Sínodo.
Foi o Patriarca quem anunciou o ataque em uma comunidade de cristãos durante a noite, enquanto celebravam a Missa da Noite em uma igreja na Alexandria, no Egito, causando 21 mortes e 43 feridos, de acordo com um balanço provisório de vítimas. “Esse novo massacre,” disse o Patriarca, “deve levar-nos a refletir em nossa vocação de cristãos em uma região que não se pode deixar de abraçar a Cruz. O discípulo não está acima do Mestre”. Dirigindo-se ao Senhor, o Patriarca adicionou: “Se Tu envias a nós mais sofrimentos, por favor dá-nos também
coragem para Te seguir”.
O Patriarca então falou dos 63 anos de conflito entre Israelenses e Palestinos, afirmando com ênfase que ”violência e armas nunca são a solução”.
A missa dedicada à paz através da intercessão da Virgem Maria continuou na contemplação. Depois da bênção final, Sua Beatitude e um grande número de ordinários da Terra Santa receberam as felicitações de ano novo dos fiéis que aglomerava a igreja.
Retornando ao ataque no Egito na última noite, o Patriarca comentou: “Eu tinha a intenção de falar sobre o massacre no Iraque em meu sermão, mas fiquei sabendo daquele de Alexandria. Tudo isso pôs nossos esforços, nossas esperanças e nossas expectativas uma vez mais em dificuldade. O Santo Padre certamente incluirá o massacre do Egito em sua mensagem da paz em Roma, mas é inútil dizer que a cada dia enfrentamos novos problemas. Por quanto tempo será assim? Rezar pela paz e pela liberdade religiosa é sempre atual, dia e noite”.
De acordo com o Custódio da Terra Santa: “O governo dos países árabes têm de fazer algo para prevenir eventos como esses. Não é a primeira vez, especialmente no Egito, que essas coisas têm acontecido. E o que o governo têm feito? O que se está fazendo pelos refugiados de Eritreia? Os governos dos países árabes têm o dever de agir e parar a violência contra as minorias, em particular a minoria cristã.
“Coragem, coragem!” o Patriarca repetiu diversas vezes, com um sorriso para desejar um feliz ano novo.
Mab
Tradução: Frei Leonardo Pinto dos Santos
http://www.custodia.org/The-prayer-for-peace-and-religious.html?lang=it
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