Trabalhar todos juntos para preparar uma nova aurora para o Médio Oriente. Este é o pedido do Sínodo lançando um apelo para que terminem os conflitos, as correntes agressivas do Islã e haja respeito pela liberdade religiosa. Em primeiro plano o Iraque: sem diálogo não haverá paz e estabilidade, dizem os bispos, e as vozes devem unir-se na denúncia do grande negócio econômico do comércio das armas. Os cristãos querem viver em paz e liberdade, em vez de sobreviver, e o êxodo, definido mortal, é um desafio que deve ser enfrentado.
Embora não esteja presente no Sínodo como país do Médio Oriente, o Afeganistão, contudo, foi recordado na solidariedade pelos padres sinodais, por causa das tribulações vividas pela população local.
Foi referida a responsabilidade das potencias ocidentais, em particular daquelas que cometeram erros históricos em relação ao Oriente Médio, para que o grito de justiça e de paz na região não permaneça sem ser ouvido. O sínodo reafirma também a colaboração entre as igrejas orientais e aquelas do Magrebe, e define imperativa a importância dos mass media; de fato, graças a eles podem difundir na população as noções sobre cidadania, igualdade, aceitação da diversidade, evitando a manipulação das massas e a deriva para o extremismo.
A aula sinodal enfrentou depois o diálogo entre cristãos e muçulmanos, visto como um enriquecimento recíproco: do Islã os cristãos podem aprender a ser mais praticantes, enquanto que a sua proximidade ao Evangelho faz com que os muçulmanos possam ter uma leitura critica do Corão. Nesta óptica os padres sinodais lamentam iniciativas provocatórias em relação ao Islã, enquanto que encorajam as atividades dos escoteiros, em que os rapazes se encontram lado a lado sem distinção de credo.
Depois os dados confortantes sobre a educação: no Médio Oriente, a Igreja católica cuida de milhares de instituições escolares com cerca de 600 mil alunos, quatro universidades, oito institutos superiores eclesiásticos e pelo menos 10 seminários de vários ritos. Muito apreciados, todos estes centros estão abertos também aos mais pobres. Assinalada também a importância de um laicato maduro na fé e consciente na vocação, assim como dos movimentos eclesiais e das novas comunidades, que não representam uma ameaça, mas um apoio precioso e indispensável para revitalizar a evangelização.
Foi predita também a justa formação dos leigos e dos presbíteros, em vista de uma ação missionária partilhada. Foi ainda referida a reflexão sobre a liturgia, que se estiver enraizada na tradição, ajuda a preservar a vivacidade da fé, e a renovação da atividade missionária, pois que a Igreja do Oriente Médio não deve ter medo nem vergonha de pregar o Evangelho. Finalmente foi recordada a importância da difusão da cultura bíblica, para que a Palavra de Deus seja o fundamento da educação, do ensino e do diálogo para construir uma civilização pacifica.
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